Vou esperar um momento melhor, em que a dor pela perda do amigo tenha se transformado em saudade, para falar com mais detalhes e reflexão sobre a importância de Zeca Palácio. Ele, que conheci no palco há 25 anos, que se tornou parceiro de inúmeros projetos, que foi o diretor de teatro que mais encenou meus textos - inclusive o primeiro Auto para o padroeiro de Itaboraí -, foi um amigo a quem tive o prazer inigualável de dirigir em cena, de auxiliar, de admirar. Posto aqui fotos de 25 anos atrás, feitas para a divulgação da primeira peça em que atuei com Zeca - Papai Fanfarrão.
Sei que ele será lembrado por sua arte porque, sinceramente, conheço poucas pessoas que merecessem tanto isto quanto Zeca Palácio. Partiu no dia de São João Batista, 24 de junho, partiu quando Joaquim Manuel de Macedo, o maior escritor e dramaturgo itaboraiense, faria 200 anos, partiu apenas para mostrar que a gente não parte, permanece.
Estará aqui com a gente que faz ou fez teatro em Itaboraí pelos anos que virão, tenho certeza, em cada ator ou atriz que ajudou a formar, em cada autor a quem deu oportunidade de ter um texto encenado, em cada um que o aplaudiu em cena, ou fora dela.
Ao amigo Zeca Palácio, ator, produtor, diretor e mestre que dignificou a arte teatral, deixo aqui meus aplausos!
Pois é. Ontem, dia 25, bati as 50 mil palavras, meta estabelecida para meu projeto de livro que desenvolvi - e ainda desenvolvo - no Camp Nanowrimo. Já concluí quatro de cinco histórias a que me propus. Na verdade, 51.807 palavras, e ainda continuo escrevendo diariamente. Até o fim do mês, a quinta história estará completa também.
Enfim, meu universo ficcional vive. Um planeta que povoa minha imaginação há quase 20 anos. Um lugar onde meus personagens ganharam vida. Vivi esta experiência em abril de 2017, quando nasceu meu primeiro romance. Desta vez, um livro de contos para que novos romances surjam. Uma vitória que me orgulha neste tempo difícil que vivemos.
Assim que concluir a última história, vou postar alguns trechos aqui no site.
Publico hoje o texto de número 300 no site, o soneto "Quando não era inútil sonhar", que faz parte de um novo livro em que estou reunindo sonetos de várias épocas, mas com um tema: "Oração". Este soneto em questão é de 1985, ou seja, do primeiro ano em que escrevi poemas. Publico aqui para lembrar esses 35 anos de vida de escritor, comemorados neste mês.
Toda essa aparente desesperança de um jovem de 16 anos, na época, talvez não me represente totalmente hoje, aos 51. Mas é parte de mim, parte fundamental porque ajudou a formar o que sou hoje. Fiquei mais otimista, menos cético. Escrevo neste mês textos de um romance de ficção científica que é uma utopia - penso em um planeta aonde as coisas funcionam. Há erros, há injustiças, porque há humanos, mas é possível sonhar.
Acredito nisso, na sociedade que vivemos hoje? Provavelmente não. Acho que a pandemia vai ensinar alguma coisa a todos nós? Também duvido. Mas acredito na ciência, na arte, na amizade e no amor, algumas das melhores coisas que a humanidade representa.
Talvez hoje não seja inútil sonhar. Eu sonho. Útil, ou não.
Abaixo, o link para o soneto "Quando não era inútil sonhar".
Demorei para anunciar, pois queria estar adiantado no projeto. Neste mês de abril, de isolamento social, quarentena, família e bichos no sítio, decidi participar mais uma vez do Camp Nanowrimo. Em 2017, foi nesse mesmo período que consegui escrever meu primeiro romance. Agora estou produzindo uma série de contos que resumem uma futura série de romances de ficção científica, que se passam em um planeta que povoa a minha imaginação há uns 20 anos.
É o meu projeto mais antigo, que cresceu a cada nova olhada. Rascunhei perfis de personagens, iniciei dois romances, mas considerei que ainda precisava construir melhor o universo ficcional. Desde 2017 tenho feito anotações para que este planeta e seus habitantes ganhem vida.
Hoje, dia 15/04, estou um pouco além da metade do projeto. Escrevendo diariamente, quase profissionalmente, pois considero este um compromisso inadiável em cada dia.
Sei que quando terminar esses contos, ainda estarei a uma distância enorme de concluir a série de romances (inicialmente, são cinco), com base nesse universo e nos personagens que ganharam vida nos contos. Mas já posso ver o planeta em 3D, como se nele estivesse. Posso falar com os personagens, falar por eles, falar com a voz deles. É o fundamental para um romancista.
Recomendo a escritores participar desses eventos. Há o Camp Nanowrimo em abril e julho, que permitem a produção de qualquer tipo de texto, em um limite de palavras que você estabelece, e o Nanowrimo de novembro, em que o objetivo é produzir, em um mês, um romance de pelo menos 50 mil palavras. (https://nanowrimo.org/)
Sigo produzindo. Em breve, mais notícias.
Eles divertem gerações de pessoas
em todo o mundo com os Quadrinhos
O site passa a publicar neste mês a série de perfis biográficos FERAS DOS QUADRINHOS, de William Mendonça. Quadrinhos no Brasil, Comics nos Estados Unidos, Banda Desenhada em Portugal - qualquer que seja o nome, o certo é encontrar diversão, fantasia, atos heroicos ou pura amizade, nas páginas de revistas ou nas tirinhas de jornal. Quem são os criadores de personagens imortais? De onde vieram as ideias? Como ficaram conhecidos em todo o mundo? Em que contribuíram para a renovação da arte?
Essas são algumas perguntas que esta série de perfis busca responder. O autor foi um grande leitor de quadrinhos na infância e adolescência. Chegou a pensar em seguir carreira na área, depois que a Graúna, personagem inesquecível do cartunista Henfil, chegou a unir um grupo de amigos na escola - aqueles malucos que desenhavam no quadro negro durante o recreio.
Depois de fazer a escolha pelo jornalismo e pela escrita, o autor continuou prestando reverência a gente como Stan Lee, Ziraldo, Mauricio, Henfil e o próprio Walt Disney. Depois de cursar, na Universidade Federal Fluminense, a matéria "Introdução à História em Quadrinhos", ministrada pelo estudioso da matéria Moacy Cirne, ficou claro que havia muito mais a aprender sobre essa arte, que encantou gerações. Com a migração dos personagens dos quadrinhos para o cinema, com supreproduções da Marvel e DC, escrever sobre essas feras acabou sendo um caminho natural.
Inicialmente, a série FERAS DOS QUADRINHOS está programada para conter 50 nomes, com artistas de várias partes do mundo, para publicação no site www.williammendonca.com.br, e, eventualmente, na imprensa. Haverá, ainda, cinco perfis bônus, com criadores de desenhos animados famosos. A série está sendo publicada no site, com previsão de que todos os textos estejam disponíveis on-line até final de 2022. O e-book com a versão completa da série, incluindo a “linha do tempo” e sugestões de bibliografia a respeito de cada biografado e sua obra, será publicado em 2022.
Veja aqui, os links para os perfis biográficos já publicados da série FERAS DOS QUADRINHOS, de William Mendonça:
Alex Raymond
Bob Kane
Charles M. Schulz
Daniel Azulay
Guido Crepax
Hal Foster
Henfil
Lee Falk
Mauricio de Sousa
Osamu Tezuka
Quino
Stan Lee
Will Eisner
Ziraldo