William Mendonça
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Meu Diário
22/09/2023 12h00
I CICLO DE PALESTRAS SOBRE 'OS ALBERTO TORRES'

Assim como no post anterior, vou abordar aqui outra das muitas atividades que tive a oportunidade de participar no mês de setembro. Desta vez, falo sobre o I Ciclo de Palestras da Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres, que fez parte das comemorações oficiais pelos 213 anos do prédio histórico em que o centro cultural funciona, assim como pelos 128 anos do nascimento da renomada antropóloga que lhe dá nome.

Sempre alimentei a ideia de um ciclo de palestras, que abordasse em sequência as três personalidades importantes ligadas à Casa de Cultura - a própria Heloísa, sua irmã Maria (Marieta) Alberto e o pai, Alberto de Seixas Martins Torres, que governou o estado do Rio de Janeiro e foi ministro do STF. Neste ano, já sem os efeitos da pandemia e com a boa vontade dos pesquisadores, que se dispuseram a falar sobre esses personagens, o ciclo finalmente se concretizou.

Transmitido pelo Facebook da Casa de Cultura (@casadeculturaitaborai), o material das palestras permanecerá disponível e, em alguns dias, será incluído também no canal do youtube da Casa de Cultura. Para você que gosta de história, antropologia, sociologia, genealogia, política ou direito, apenas para resumir os temas abordados, as palestras têm muito a dizer.

Resumindo o que aconteceu, no dia 19 a historiadora Michele de Barcelos Agostinho, do Departamento de Antropologia do Museu Nacional, falou um pouco sobre a biografia e sobre o trabalho de Heloísa Alberto Torres na direção daquele museu, tão importante para o país. Heloísa foi a primeira mulher a dirigir a instituição. Na sequência, o graduando em História Joaquim Guilherme Camargo Mendes falou um pouco sobre o trabalho antropológico de Heloísa junto à população negra da Bahia, em especial as mulheres e sua contribuição para a formação cultural brasileira.

No dia 20, foi a vez do genealogista e pesquisador Dawson Nascimento da Silva, membro fundador do Instituto Histórico e Geográfico Itaborahyense - no qual ocupa a cadeira patronímica de Maria Alberto Torres. Ele tratou um pouco da história familiar de Dona Marieta, como era conhecida a filha mais velha de Alberto Torres. E falou sobre as pesquisas genealógicas por ela empreendidas, para rastrear as origens das famílias de Itaboraí. Dawson explicou o funcionamento da Genealogia, considerada um campo auxiliar da História e de outras ciências sociais.

No dia 21, o historiador Rui Aniceto Nascimento Fernandes, da Faculdade de Formação de Professores da UERJ (São Gonçalo-RJ) fez um relato biográfico detalhado e interessante de Alberto Torres, contextualizando o quadro político e os aspectos sociais do tempo em que viveu esse personagem. O professor ainda fez um preâmbulo sobre as mudanças do conceito e da abordagem dos textos biográficos, nos últimos séculos.

Acredito que o Ciclo de Palestras veio para ficar. Espero ter a oportunidade de realizar a segunda edição em 2024, convidando outros pesquisadores e contando com o incentivo do gestor da Casa de Cultura, Alan Mota.

 

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I CICLO DE PALESTRAS DA CASA DE CULTURA

Publicado por William Mendonça
em 22/09/2023 às 12h00
 
20/09/2023 12h00
I CONCURSO DE FOTOGRAFIA AMADORA DE TANGUÁ-RJ

Várias atividades rechearam o mês de setembro, provando que o importante é manter a vontade de fazer cultura viva, porque as oportunidades sempre aparecem. Neste ano, recebi o convite para ser jurado no I Concurso de Fotografia Amadora de Tanguá-RJ, a cidade em que moro. 
Foi uma dupla alegria. Primeiro, por poder participar de um momento em que a cidade se mobiliza para registrar em foto os seus patrimônios ambientais e culturais, criando uma espécie de cápsula do tempo, que poderá ser revisitada a qualquer momento daqui para o futuro. Segundo, por ter recebido o convite (que encarei como uma missão) por parte do secretário de Comunicação e Juventude de Tanguá, Chailon Conceição.
Dez anos antes, eu era o diretor de redação do Jornal Itaboraí, que montava uma grande equipe para se transformar em um diário. Foram contratados dez estagiários e cinco jornalistas, em um esforço que não vi nem mesmo parecido naquela cidade, em décadas de atuação. Entre os estagiários, um jovem que convidei pessoalmente, pois já conhecia seu trabalho: exatamente Chailon Conceição.
Sempre brinco que Chailon já chegou pronto, apenas desempenhou algumas funções novas. Repórter e redator de primeira, ele seguiu em frente e hoje, além de jornalista, é advogado. Já há quase três anos, está à frente da Secretaria de Comunicação e Juventude de Tanguá, mostrando serviço. O projeto do concurso de fotografias, ainda que sempre haja os insatisfeitos com resultados e normas, se provará cada vez mais importante quanto mais tempo se passar desta época, porque Tanguá - cidade jovem - ainda não possuiu uma memória iconográfica significativa.
No dia 19, participei do ótimo evento de premiação dos primeiros colocados em cada categoria do concurso - uma para estudantes e outra para os adultos em geral. Além dos outros jurados, como o jornalista Flávio Azevedo, grande nome da comunicação em Rio Bonito, e o secretário de Cultura de Tanguá, Reginaldo Garcia, tive a oportunidade de rever o prefeito, Rodrigo Medeiros, que conheci no já distante ano de 2003. Um momento especial neste mês especial.

 

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I CONCURSO DE FOTOGRAFIA AMADORA DE TANGUÁ-RJ

Publicado por William Mendonça
em 20/09/2023 às 12h00
 
12/09/2023 00h00
NO AR, DESDE 12 DE SETEMBRO DE 2006

Ao longo dos últimos 17 anos, tem sido uma luta, de fato, manter no ar este site de divulgação e compartilhamento da minha produção artística e jornalística. O apoio dos leitores ocasionais, através de seus comentários e palavras de incentivo, contrasta, em grande parte, com a falta de recursos e de espaço. Eu sempre soube que não seria fácil. E não reclamo disso.


Em pouco menos de dois anos, completo 40 anos de atividade como escritor, desde os primeiros sonetos, lá no distante ano de 1985. Nunca pensei em me tornar pop, em qualquer das coisas que fiz. A poesia, que alguns acham difícil de compreender, as canções com letras que não são extamente óbvias, o teatro musical incipiente ou os autos religiosos, nada disso é pop. Não foi feito para ser. Provavelmente, nunca será.


Mesmo minhas comédias, escritas para grupos de teatro de Itaboraí-RJ, em outros tempos, podem divertir o público, se montadas hoje, mas não farão de seu autor um dos grandes nomes do teatro brasileiro. E nunca tiveram essa intenção.


A arte é somente minha maneira de lutar contra o caos da existência. Surgiu quando eu estava crescendo, entendendo quem sou - e a primeira delas com que me envolvi acabei por abandonar no caminho: o desenho. As palavras e suas infinitas combinações de sentido e emoção me sequestraram para sempre, leitor e escritor, jornalista por mais de 30 anos, alguém que, sem nunca ter publicado um livro fisico, sempre viveu da escrita.

 

Nesses 17 anos do site, há algumas lacunas: faltam mais áudios (especialmente, as leituras de poesia, coisa que faço no palco desde 1987 mas que nunca trouxe para essas páginas, e outras canções); falta completar a "obra", publicando mais e-books de teatro, poesia, crônica, biografias, letras de música (todos escritos, esperando a chance de vir a público); falta a atividade pelo menos semanal neste blog do site, com reflexões avulsas e, quem sabe, colunas temáticas; e faltam vir a público os romances - minha última aventura na escrita, a fronteira final, que demorei até 2017 para atravessar.


Enfim, de tudo o que produzi, uma parcela modesta está disponível no site. E sempre me pergunto se deveria colocar logo tudo aqui, para quem procura algo novo, talvez inspirado ou inspirador, escrito por quem pouca gente conhece. Será que alguém ainda procura por isso, nesses tempos de velocidade e superficialidade? Será que alguém da crítica ainda procura autores pouco conhecidos, como fez Heloísa Buarque de Hollanda com seu lendário livro "26 Poetas Hoje", que lançou uma geração de poetas? Aliás, será que alguém além da própria Heloísa (que lançou também "Esses Poetas", com a geração dos anos 90, e "As 29 poetas hoje", com as mulheres que fazem poesia na atualidade) faz esse garimpo literário?


Em meio a essas questões existenciais, há apenas um caminho a seguir: manter o site vivo, até como um registro dessa atividade artística, abrir espaço para mais interação nas redes (instagram, youtube) e - próximo passo, que já está sendo preparado - levar meus textos ao livro impresso, para ocuparem aquele lugar na estante (pelo menos, na minha) que está reservado para eles há tanto tempo. Alerto que eles não completarão 40 anos engavetados.


Se me faltam, quase sempre, tempo e recursos, nunca faltou vontade. E horizontes novos se abrem a cada manhã.


Grato pela sua presença por aqui. Seu comentário me deixaria muito honrado.

Publicado por William Mendonça
em 12/09/2023 às 00h00
 
23/08/2023 14h00
CÁPSULA DO TEMPO

No último mês, graças à boa vontade e ao trabalho incansável do pesquisador, professor doutor Gilciano Menezes Costa, de Itaboraí, e aos herdeiros do legado jornalístico de O ITABORAHYENSE, eu pude tomar contato de novo com parte importante da minha carreira jornalística. Trabalhei por pouco mais de quatro anos naquele jornal, de 1993 a 1997, exatamente no período em que ele completou 100 anos de existência.

Fundado em 19 de janeiro de 1895, por Hermeto Luiz da Costa, e mantido em circulação por seu filho, Hermeto Junior, e pelo neto Heitor Costa, foi o único jornal brasileiro a chegar ao centenário nas mãos da família dos fundadores. Hoje, o acervo histórico encontra-se com os filhos de Heitor Costa e, certamente, passará às gerações futuras, como importante registro da história da cidade de Itaboraí e região.

O professor Gilciano fez um incrível trabalho de digitalização de toda a coleção de jornais de O ITABORAHYENSE. Com autorização de Heimar Costa, que era diretor do jornal no período em que trabalhei, me foi disponibilizada a coleção dos anos em que atuei naquele periódico, já na época histórico. Entrei em fevereiro de 1993, a convite de Simão Miguel Neto, diretor executivo do jornal, a mente por trás da renovação editorial de uma publicação à beira do centenário. 

Entre as muitas vitórias que tivemos, vale destacar o período em que o jornal circulou como diário - o primeiro a alcançar esse feito na cidade. Fui também diretor de suplementos, criando o projeto gráfico e editorial dos cadernos de cultura (chamado CULT) e feminino (o DELAS). Olhar novamente esse material, localizando textos que produzi na época, assim como os cadernos de que me orgulho muito, é uma alegria para alguém que está prestes a completar 35 anos de profissão. Também tive a honra de entrevistar Heitor Costa para a edição do centenário do jornal - até onde se sabe, a última entrevista desse que foi um dos maiores nomes da imprensa no Estado do Rio de Janeiro.

Quando trabalhei em O ITABORAHYENSE ainda era um jovem jornalista. Tinha apenas 24 anos quando entrei, e menos de 30 quando saí. Mas são lembranças emocionantes e importantes, que serão preservadas graças ao trabalho de um historiador incansável e de uma família que tem plena consciência da importância do legado de seus ancestrais. A eles, meus sinceros agradecimentos.

Pretendo publicar aqui no site alguns dos textos que encontrei por lá, como a crônica "Pedro: o astrólogo", alguns artigos e perfis biográficos de artistas da cidade. Estou abrindo essa fabulosa cápsula do tempo, maravilhado com o passado que ajudei a construir.

Publicado por William Mendonça
em 23/08/2023 às 14h00
 
26/06/2023 14h00
LENDAS DO ROCK

Uma cápsula do tempo com 
ídolos que marcaram gerações

 

Para completar esse mês de novidades no site, com a publicação diária de novos perfis biográficos, apresento os primeiros cinco textos da série LENDAS DO ROCK. Entre todas as séries de biografias que estão sendo produzidas e disponibilizadas aqui, esta é a única que me liga à origem do então futuro jornalista, na época estudante do ensino médio e fã de rock.

Explica-se: em 1985, aos 16 anos, antes mesmo de tornar consciente o desejo de cursar jornalismo, criei alguns álbuns com fotos e pequenos textos críticos sobre artistas e bandas de rock. As fotos vinham de revistas buscadas com avidez nas bancas. As informações (nem sempre corretas, diga-se de passagem) vinham de conversas com os amigos, audição de discos e do rádio, especialmente da Rádio Fluminense FM, a Maldita.

Enquanto no primeiro desses álbuns ainda se vê um tom de humor e há, inclusive, desenhos e entrevistas com a banda fictícia The Ments, personagens que criei para homenagear alguns grandes amigos, no segundo o tom jornalístico/crítico ganha força, com um texto que ainda engatinhava, a partir do que se lia na imprensa especializada da época. Meu olhar crítico de hoje sabe que pouco se aproveita, além da questão emocional e nostálgica, mas ainda tenho os cadernos - não tive coragem de deixá-los pelo caminho.

1985, de fato, foi um ano decisivo na na minha formação: além dos textos sobre rock, foi o ano em que escrevi os primeiros poemas “a sério” e em que aprendi a tocar o violão, companheiro de composições e jornadas.

Assim, quando as primeiras séries de biografias começaram a ganhar forma, lá pelo início dos anos 2000, ficou claro que seria fundamental voltar ao tema rock. Como em todo o projeto, fechar a lista de nomes é sempre uma batalha e, eventualmente, há substituições com o passar dos anos. No caso de LENDAS DO ROCK, algumas premissas foram estabelecidas: a relevância do artista no cenário do rock; a inclusão não apenas de vocalistas e guitarristas, que têm naturalmente mais visibilidade, como também de baixistas, tecladistas e bateristas; e que esses artistas fizessem parte dos álbuns escritos em 1985, uma recordação de um tempo especial – uma espécie de cápsula do tempo.

Inicialmente, a série LENDAS DO ROCK está programada para conter 50 nomes. Haverá, ainda, cinco perfis bônus, com artistas relevantes que só surgiram no cenário mundial depois que aqueles álbuns de 1985 foram escritos, um necessário “upgrade”. E não estranhe a ausência de nomes brasileiros: estou produzindo outra série com roqueiros que marcaram época no Brasil.

A série LENDAS DO ROCK  vai ser publicada no site, provavelmente sem grande regularidade, ao sabor da produção dos textos e do espaço na agenda. Deixo aqui a lista com os nomes e links para os textos que tiverem sido publicados. Deixem seus comentários e long live rock and roll!

 

Freddie Mercury

Janis Joplin

John Lennon

Keith Moon

Neil Peart

Publicado por William Mendonça
em 26/06/2023 às 14h00
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