Composta a partir de um poema de Ricardo Mann que, com sua visão pouco ortodoxa e jogos de palavras visita o mito da criação, aborda vários temas da modernidade sem medo, a canção "Deus Crioula" pode parecer polêmica ou atrevida, mas é também uma grande homenagem à mistura, à miscigenação, ao caldeirão de raças, culturas e influências que é o mundo.
Como diz o autor, é um "exercício de questionamento", coisa que, aliás, precisamos fazer constantemente para não ficarmos anestesiados com a barbárie moderna, as guerras, a violência, o fim da infância, o poder da política e dos religiosos, etc, etc, etc ... Quem não questiona, morre em vida - e, por enquanto, ainda vivemos em um regime democrático, o que sabe-se lá quanto tempo vai durar.
"Deus Crioula" é uma das parcerias mais recentes da dupla Mann e Mendonça, que faz parte deste site e do www.ricardomann.mus.br, e que já completou mais de 25 nos de amizade, mais de 20 de trabalho musical.
Ouça sem preconceito.
Aproveito a virada de ano pra convidar você a uma viagem através das palavras e da música de Ricardo Mann. A canção "A mente viaja" poderia ser classificada como um repente psicodélico, mas como essas classificações são uma grande bobagem, apenas sinta o clima da viagem e pense aonde mais a sua mente pode ir.
Na gravação, realizada neste mês de dezembro, eu participo com voz e violão e o clima viajante, além da percussão sampleada e até mesmo violão são por conta do autor Ricardo Mann.
Aproveite, e faça uma viagem também ao site de Ricardo Mann - www.ricardomann.mus.br .
Meu parceiro Ricardo Mann está aproveitando o final de ano para finalizar a gravação de algumas músicas - entre elas, algumas de nossas composições em parceria. Depois de duas sessões de gravação, a versão "oficial" da canção "Carametade" está chegando ao site. Você que já ouviu, na gravação informal que estava disponível até ontem, pode escutar agora com mais qualidade de som e com o arranjo de teclados definitivo executado pelo Ricardo. Aproveitei a ocasião para deixar disponível a versão com maior qualidade de "A Saga de John Mandioca", que inclui os teclados.
A novidade é a chegada de "Brincadeira da vida", outra das minhas parcerias com Ricardo Mann - que também acabou de sair, quentinha, do forno. A canção sobre o lado lúdico da vida, tem música de Ricardo e letra deste que vos fala. Na gravação, eu me arrisco nos vocais, portanto, todo cuidado é pouco ...
Aproveitem o clima festivo de fim de ano para seguir o exemplo das crianças - viver só pra cirandar e aprender a brincadeira da vida.
BOAS FESTAS!
GARCIA LORCA NO TEATRO
A atriz itaboraiense Monike Diniz, que foi destaque com a personagem Mundinha na peça “O Cangaceiro na Internet”, no ano passado, está em cartaz no Teatro Solar de Botafogo com a peça “A las cinco de la tarde”, com texto e música de Frederico Garcia Lorca, grande nome da poesia espanhola. Monike é um talento do teatro de Itaboraí, buscando seu espaço. A peça fica em cartaz até 19 de dezembro, todas as terças e quartas, às 21:30h, e o Teatro Solar de Botafogo fica na Rua General Polidoro, 180, em Botafogo, no Rio.
REGISTRO NACIONAL
Recentemente, a banda Registro Nacional fez duas ótimas apresentações em Venda das Pedras, aquecendo as turbinas para o lançamento de seu primeiro CD – “O momento é a gente que faz” – que acontece no próximo dia 23, no Teatro Municipal de Itaboraí. O Registro Nacional tocou no baile da ITAFLORES, importante evento de paisagismo que foi realizado na cidade no final de outubro, e também na festa da Igreja de São Pedro. O repertório dos bailes não inclui as músicas de autoria da banda, mas sim o rock dos anos 80, jovem guarda e outros. Os músicos têm grande experiência e trabalho em vários outros projetos – Dida (vocal), Cláudio (guitarra), Paulo Jorge (guitarra), Patrick (teclados e violões), J. Henrique (baixo) e Vieira (bateria).
TIM FESTIVAL
O Tim Festival continua se firmando como “o festival que pegou”, mesmo que traga algumas atrações de qualidade irregular, nomes mais ligados a tribos do que ao grande público. Neste ano, marcou ponto a favor trazendo a originalíssima Björk e a cantriz roqueira Juliette Lewis (foto), mas deu algumas “bolas fora”, principalmente no quesito organização. Teve gente perdendo a paciência com as filas e o preço de qualquer coisa – o jeito era assistir os shows a seco ou estourar as finanças até o próximo festival. Fiquei meio decepcionado com o The Killers, que parecia melhor em disco, mas, no geral, o festival ainda merece crédito.
SHAKESPEARE ON LINE
Alguém já disse que o maior filósofo de todos os tempos foi William Shakespeare, o bardo inglês autor dos maiores clássicos do teatro. Isso porque Shakespeare, ao escrever sobre reis, figuras histórias ou simplesmente casais apaixonados, falava sobre todos os fatos da vida, desde o relacionamento humano até a mais pura metafísica. Era um autor “pop” na época mas, com quatrocentos anos de história, acabou virando “clássico”. O problema de virar clássico é que muita gente deixa de ler, pensando que é chato. Pois se você ainda não leu, aproveite que a obra do bardo, incluindo “Romeu e Julieta”, “Hamlet” e “Otelo”, está disponível na internet em português. É só acessar http://www2.uol.com.br/cultvox/gratis/gratis.html, e baixar os textos. O site Cultvox, aliás, é ótimo e traz 500 obras ditas clássicas, entre literatura brasileira, portuguesa e inglesa, para download gratuito.
DA TERRA
Duas oportunidades para prestigiar os autores da terra. Primeiro, o lançamento do livro de Eurydice Pinho Pontes, “Itaboraí aos olhos de Eurydice”, que acontece no dia 10, sábado, às 16 horas, na Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres (na Praça Marechal Floriano, no Centro de Itaboraí). A jurista dá seu vôo literário com sensibilidade e competência. Outro é Haroldo Campos, economista e professor, que tem se mostrado um dos mais prolíficos autores da cidade. Depois de “Minha cidade, minha história” ele lança “Itaboraí de todos os tempos”. Vale a pena conferir.
HORA DE LER
Tem pessoas que mereciam, realmente, aquelas moções de congratulação que o Legislativo distribui a esmo por aí. É o caso da professora Sandra Scotelaro, que com seus próprios livros montou uma biblioteca para incentivar os colegas funcionários da Prefeitura ao hábito da leitura. Ela organizou um sistema de empréstimo de livros, é bom que se ressalte gratuito, e está fazendo a sua parte, ajudando aos outros e difundindo a cultura. É bom saber que no mundo de hoje ainda existe gente assim.
FOI QUASE
O gente boa Tião, da Prefeitura, passou perto de emplacar o samba de enredo da Caprichosos de Pilares, que em 2008 vai homenagear Itaboraí. O seu samba, em parceria com Squit, Paulo Abreu, Anderson do Cavaco e Olímpio Fróes, foi merecidamente finalista, mas acabou não sendo escolhido. O enredo “De Santo Antônio de Sá ao Pólo Petroquímico Itaboraí ... Uma terra abençoada!” é a aposta da agremiação de Pilares para retornar ao Grupo Especial das Escolas de Samba do Rio.
ALFREDO
Causou uma tristeza que não tem tamanho a notícia, publicada em O SÃO GONÇALO no dia 1º, de que o poeta, professor e jornalista Alfredo Chlamtac Filho, que por décadas fez jornalismo cultural na cidade com o “Folha da Terra” e o “Sala de Espera”, foi morto por traficantes, juntamente com o moto-taxista que o levava. Enquanto escrevo esta coluna, as notícias ainda são desencontradas e chocantes – por exemplo, que o corpo teria sido jogado aos jacarés. Seja o que for, me causa estranheza que a grande imprensa não tenha dado a mínima para isso, ao contrário do que ocorreu com a morte de Tim Lopes. O pior de tudo é que Alfredo era uma pessoa pacífica, um ecologista e um poeta, o inspirador desta coluna em seu início, um homem de esquerda do tipo que a gente não vê mais por aí. Infelizmente, os bons morrem sem glória. Deixo aqui meus respeitos, meu protesto contra a impunidade e minha homenagem.
(coluna publicada no jornal O ALERTA, edição de novembro de 2007)
Depois de muito tempo (uns 10 anos, pelo menos) resolvi participar novamente de um concurso literário, o BANCO DE TALENTOS promovido pela Federação Brasileira dos Bancos. É um evento anual que visa encontrar novos talentos artísticos entre os bancários de todo o país. Neste ano, as categorias incluíam literatura, escultura, canto coral e teatro. Por razões óbvias, resolvi participar da categoria Literatura e um dos meus poemas, o soneto EU E VOCÊ NO QUADRO, foi classificado.
Isto, para minha alegria, representa a minha estréia em livro - já que o BANCO DE TALENTOS não confere premiações para 1ºs lugares, apenas publica em livro os que se classificam, entre os textos enviados. Com isso, meu soneto sairá na coletânea, que vai ser lançada no dia 12 de novembro, em um envento em São Paulo, e sem aquela angústia de saber se fui o primeiro ou o último - sei apenas que estive entre os selecionados.
Queria muito participar da categoria teatro, mas era preciso uma montagem com um grupo teatral formado por 50% de bancários, o que, convenhamos, não é muito fácil de arrumar. Mas fica para a próxima.
Participei de alguns concursos de poesia anteriormente, sempre com boas classificações, mas o que eu mais queria (a publicação do texto) só o BANCO DE TALENTOS me proporcionou, 22 anos depois de eu ter escrito meu primeiro poema. No ano que vem, se tudo correr bem, devo participar da categoria música, que não foi incluída na edição 2007. Quem sabe assim chego, também, pela primeira vez ao disco.
Tudo é possível pra quem sonha!
(para ler o poema, é só baixar a coletânea
ALGUNS SONETOS QUE FIZ POR AÍ...
aqui mesmo no site.)