William Mendonça
POESIA, PROSA, MÚSICA E TEATRO
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Textos

MERGULHO 

 

Demônios em minha cabeça - este chão 
De sonhos pisados e fé sem motivo -
Destroem a força precária, mas não 
O tempo tão pouco das coisas que vivo.

 

Reparto a comida, a primal refeição 
Que planta na carne meu grito ablativo,
Que rasga o caminho e não tem salvação,
Reflexo pintado na dor que me privo.

 

Poeta sem rumo, deixado ao acaso,
Abraço paisagens de amor e agonia.
Permito que a morte não tenha mais prazo,

 

Permito que a noite mastigue este dia.
Mergulho sem volta, mas tudo era raso
- Viver é tão duro sem ter Poesia!

 

Sábado, 12 de abril de 2025

 

(Um soneto em arte maior - versos endecassílabos)

William Mendonça
Enviado por William Mendonça em 19/04/2025
Alterado em 19/04/2025
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