William Mendonça
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MANIFESTO ÍNTIMO

 

Se, assim, entrego à folha de papel
minhas mágoas, talvez jamais consiga
fazê-lo a qualquer um ... Sei que meu céu
não é igual ao dos outros – Não me siga!

 

Apenas reze por mim, e não diga
que sou frio, egocêntrico ou cruel.
- Só não sou, nem serei, mais uma viga
a sustentar o rei, o templo, o quartel ...

 

Ainda escolho – bem ou mal, não importa!
Ainda mantenho em mim a luz, a porta
aberta para a vida, o voo sem fim.

 

Eu consigo chorar meus medos tantos,
meu verso meio louco, os desencantos ...
Se quiser me amar, não chore por mim!

 

(Um soneto de 1986 para comemorar o aniversário do site

www.williammendonca.com.br, espaço que foi criado em 12/09/2006.

Palavras deixadas no tempo, que ainda me representam)

 

Em tempo: soneto incluído no livro "Oração", que está em produção

William Mendonça
Enviado por William Mendonça em 12/09/2022
Alterado em 12/09/2022
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