ÂNSIA
Minha poesia é fugaz e inútil
maresia, raiz de ventania
que tenta dominar as tantas nuances
e climas de meus olhos indecisos.
Vagueia, displicente, por discursos
que se perdem em métricas e rimas
discutíveis, se veste de incontáveis
reflexos, de ângulos e faces múltiplas.
Desenha correntezas entre os dedos,
flui, na languidez mágica de um beijo,
e se esvai, sem destino, pelos poros.
É mensageira de tormentas, frágil
despojo da batalha em que me venço
- É ânsia incontida de ser Tudo!
Parte da coletânea
Alguns sonetos que fiz por aí...
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