William Mendonça
POESIA, PROSA, MÚSICA E TEATRO
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Meu Diário
23/08/2023 14h00
CÁPSULA DO TEMPO

No último mês, graças à boa vontade e ao trabalho incansável do pesquisador, professor doutor Gilciano Menezes Costa, de Itaboraí, e aos herdeiros do legado jornalístico de O ITABORAHYENSE, eu pude tomar contato de novo com parte importante da minha carreira jornalística. Trabalhei por pouco mais de quatro anos naquele jornal, de 1993 a 1997, exatamente no período em que ele completou 100 anos de existência.

Fundado em 19 de janeiro de 1895, por Hermeto Luiz da Costa, e mantido em circulação por seu filho, Hermeto Junior, e pelo neto Heitor Costa, foi o único jornal brasileiro a chegar ao centenário nas mãos da família dos fundadores. Hoje, o acervo histórico encontra-se com os filhos de Heitor Costa e, certamente, passará às gerações futuras, como importante registro da história da cidade de Itaboraí e região.

O professor Gilciano fez um incrível trabalho de digitalização de toda a coleção de jornais de O ITABORAHYENSE. Com autorização de Heimar Costa, que era diretor do jornal no período em que trabalhei, me foi disponibilizada a coleção dos anos em que atuei naquele periódico, já na época histórico. Entrei em fevereiro de 1993, a convite de Simão Miguel Neto, diretor executivo do jornal, a mente por trás da renovação editorial de uma publicação à beira do centenário. 

Entre as muitas vitórias que tivemos, vale destacar o período em que o jornal circulou como diário - o primeiro a alcançar esse feito na cidade. Fui também diretor de suplementos, criando o projeto gráfico e editorial dos cadernos de cultura (chamado CULT) e feminino (o DELAS). Olhar novamente esse material, localizando textos que produzi na época, assim como os cadernos de que me orgulho muito, é uma alegria para alguém que está prestes a completar 35 anos de profissão. Também tive a honra de entrevistar Heitor Costa para a edição do centenário do jornal - até onde se sabe, a última entrevista desse que foi um dos maiores nomes da imprensa no Estado do Rio de Janeiro.

Quando trabalhei em O ITABORAHYENSE ainda era um jovem jornalista. Tinha apenas 24 anos quando entrei, e menos de 30 quando saí. Mas são lembranças emocionantes e importantes, que serão preservadas graças ao trabalho de um historiador incansável e de uma família que tem plena consciência da importância do legado de seus ancestrais. A eles, meus sinceros agradecimentos.

Pretendo publicar aqui no site alguns dos textos que encontrei por lá, como a crônica "Pedro: o astrólogo", alguns artigos e perfis biográficos de artistas da cidade. Estou abrindo essa fabulosa cápsula do tempo, maravilhado com o passado que ajudei a construir.

Publicado por William Mendonça
em 23/08/2023 às 14h00