Vou esperar um momento melhor, em que a dor pela perda do amigo tenha se transformado em saudade, para falar com mais detalhes e reflexão sobre a importância de Zeca Palácio. Ele, que conheci no palco há 25 anos, que se tornou parceiro de inúmeros projetos, que foi o diretor de teatro que mais encenou meus textos - inclusive o primeiro Auto para o padroeiro de Itaboraí -, foi um amigo a quem tive o prazer inigualável de dirigir em cena, de auxiliar, de admirar. Posto aqui fotos de 25 anos atrás, feitas para a divulgação da primeira peça em que atuei com Zeca - Papai Fanfarrão.
Sei que ele será lembrado por sua arte porque, sinceramente, conheço poucas pessoas que merecessem tanto isto quanto Zeca Palácio. Partiu no dia de São João Batista, 24 de junho, partiu quando Joaquim Manuel de Macedo, o maior escritor e dramaturgo itaboraiense, faria 200 anos, partiu apenas para mostrar que a gente não parte, permanece.
Estará aqui com a gente que faz ou fez teatro em Itaboraí pelos anos que virão, tenho certeza, em cada ator ou atriz que ajudou a formar, em cada autor a quem deu oportunidade de ter um texto encenado, em cada um que o aplaudiu em cena, ou fora dela.
Ao amigo Zeca Palácio, ator, produtor, diretor e mestre que dignificou a arte teatral, deixo aqui meus aplausos!