Publico hoje o texto de número 300 no site, o soneto "Quando não era inútil sonhar", que faz parte de um novo livro em que estou reunindo sonetos de várias épocas, mas com um tema: "Oração". Este soneto em questão é de 1985, ou seja, do primeiro ano em que escrevi poemas. Publico aqui para lembrar esses 35 anos de vida de escritor, comemorados neste mês.
Toda essa aparente desesperança de um jovem de 16 anos, na época, talvez não me represente totalmente hoje, aos 51. Mas é parte de mim, parte fundamental porque ajudou a formar o que sou hoje. Fiquei mais otimista, menos cético. Escrevo neste mês textos de um romance de ficção científica que é uma utopia - penso em um planeta aonde as coisas funcionam. Há erros, há injustiças, porque há humanos, mas é possível sonhar.
Acredito nisso, na sociedade que vivemos hoje? Provavelmente não. Acho que a pandemia vai ensinar alguma coisa a todos nós? Também duvido. Mas acredito na ciência, na arte, na amizade e no amor, algumas das melhores coisas que a humanidade representa.
Talvez hoje não seja inútil sonhar. Eu sonho. Útil, ou não.
Abaixo, o link para o soneto "Quando não era inútil sonhar".