Como diria meu saudoso amigo Mário Pitanga, este "meu diário" aqui no site está mais para "semanário mensal que sai uma vez por ano". A piada era feita sobre os jornais do interior que, devido a falta de patrocinadores, de profissionais ou por perseguições políticas, ficavam com a circulação irregular.
Desde fevereiro não escrevo nada por aqui, não que não tenha acontecido nada de relevante, mas porque fiquei atolado com outros afazeres.
Entre os fatos relevantes, muitos deles bem tristes, que ocorreram nesse tempo, vale lembrar, especialmente, o falecimento do ex-vereador de Itaboraí e Tanguá Aurino Lima, em fevereiro, e o falecimento, pouco tempo depois, do jornalista Mário Pitanga, ex-diretor dos jornais O ALERTA (o primeiro a ser sediado em Tanguá, ainda nos tempos da Usina, e depois transferido para Itaboraí) e REAÇÃO.
O interessante é que minha história como jornalista cruzou com essas duas figuras. Mário Pitanga, como cito no texto "Mais um amigo que se vai", foi um dos grandes mestres que tive na profissão. Através de sua influência, transferi minha vida profissional para Itaboraí, em 1990. Trabalhei com ele e tive a honra de ser seu amigo até os últimos dias.
Já com Aurino tive uma insólita parceria jornalística em fins dos anos 90, com o jornal ALTERNATIVO - criado por ele, que mesclava um senso de humor ferino e a crítica política sobre a cidade de Tanguá, recém-emancipada. Pode-se dizer que era um jornal "violento", que denunciava sem medo. Bem ao estilo de Aurino no plenário. O filho da cidade de Cortês, em Pernambuco, acabou fazendo uma carreira política marcante em Itaboraí e Tanguá, participou ativamente dos dois processos de emancipação de Tanguá e deixou saudades.
Figuras polêmicas, sem dúvida, mas só os polêmicos mudam o mundo.