Pois é, hoje estou feliz, feliz! Meu site tá fazendo hoje cinco anos de atividade. Poesia, prosa, música e teatro no ar - é minha forma de resistência cultural. Escrevo e publico o que dá na telha, ninguém me censura, ninguém paga nada, nem pra baixar meus livros ... Não preciso de nada mais que isso.
Parece um pouco de marra, eu sei, mas não é o caso. Só que depois de fazer jornal por aí por mais de duas décadas, sempre escrevendo e trabalhando para outras pessoas, e depois de seis anos no Banco do Brasil, contando o dinheiro dos outros, aprendi muito bem o valor da liberdade - as escolhas que a gente faz, as coisas que diz, os amigos que encontra - muitos a gente cativa, outros acabam perdidos pela vida.
Liberdade pra mim é saber que quem lê o que publico no meu site pode ou não gostar do que eu escrevo, pode até ficar indiferente, pode questionar o motivo estranho que levou um escritor tão canhestro a achar que pode publicar ... Mas a pessoa terá o direito de ler o que eu escrevo, se quiser. Se eu ficar engavetado, procurando uma editora qualquer pra publicar livrinhos sabe-se lá deus quando, ninguém vai conhecer o bom e velho William Mendonça, nem mesmo pra criticar.
Em 2006, quando decidi para com os blogs e criar o site, queria um espaço em que qualquer pessoa pudesse achar este cara que vos fala. Depois, se quiser virar a página e nunca mais aparecer por aqui, vou ficar triste, mas não vou espernear. Mas, por experiência própria, sei que muita gente volta, comenta, pede mais textos, e isso é o melhor de tudo.
Assim, meus filhos, aqueles fãs que eu mesmo fabriquei, com a ajuda inestimável de minha musa Virginia, podem dizer quando alguém pergunta o que o pai faz: "ele é artista!" Tem coisa melhor que isso?