William Mendonça
POESIA, PROSA, MÚSICA E TEATRO
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Meu Diário
14/09/2006 23h21
DIVERGÊNCIA BEM-VINDA
Recebi por e-mail um comentário muito interessante sobre a crônica DISCUSSÕES SOBRE O COMPORTAMENTO SUICIDA, que faço questão de publicar aqui. Primeiro, porque ele não pôde entrar na página de contatos, em virtude do tamanho. Segundo, pelos argumentos do escritor Chaos Theory, ao divergir da minha opinião no texto. Bem-vinda divergência!

O COMENTÁRIO:
"Chaos Theory escreveu:
Comportamento suicida...Mais um bom texto. Porém terei que discordar novamente nobre William Mendonça. Esse pessoal que se arrisca, como você cita acima; atravessando ruas fora da faixa de segurança, dirigindo alcoolizado, não usando capacete de segurança... Isso não é um comportamento suicida, o “COMPORTAMENTO SUICIDA”, é complexo demais para ser generalizado, e deve ser analisado com cuidado em sua subjetividade.Pessoas se arriscam por motivo de TEMPO, dinheiro ou simples opção de vida. Com essa pressa, a correria do dia-a-adia, eles nunca imaginam que algo de ruim poderá lhes acontecer, mesmo os que o faz por simples diversão, se colocam como “inatingíveis”. Eu não diria que isso é um comportamento suicida, mas sim um comportamento automatizado. Já os animais, no caso o cão que você cita, ele tem noção de perigo sim, claro que não é tão desenvolvido como o nosso, mas muitos cães olham ao atravessar uma rua, ou rodovia, e se vêem que não da tempo, eles esperam o veiculo passar. Claro que muitos são atropelados, como eu disse, essa percepção é subdesenvolvida. Então creio eu que esse pessoal que vive se arriscando, saltando de bang jump, empinando motocicletas, pulando de pára-quedas, TIRANDO RACHAS na madrugada, esse tipo de pessoa gostam de suas vidas, gostam de testar limites de seus corpos, experimentando situações que não são comuns, situações essas que muitos vivem e morrem sem jamais ter imaginado algo do tipo. Talvez (com certeza) esse pessoal não seja suicida, talvez sejam pessoas que adoram viver, e queiram aproveitar suas vidas, e não suportam a idéia de serem APENAS MAIS UM, no meio da multidão, são incompreensíveis? Sim para alguns, muitos jamais compreenderam tal coisa, já para outros isso é tão comum que não causa espanto. Claro, é perigoso? Sem duvida, mas se for assim então, muitos profissionais seria suicidas? Como os limpadores de vidros de edifícios? Ou aquele pessoal que da manutenção em torres de energia elétrica, pontes gigantes. – um abraço."

A RESPOSTA:
"Queria agradecer o seu comentário que, aliás, é muito lúcido. É claro que meu texto, como uma crônica ou um artigo, dá a minha visão do fato que observo. Isso não quer dizer que a minha visão seja, necessariamente, a correta. É apenas um ponto de vista e, como tal, nunca será unânime.
Sou a favor da diversidade, tanto de opiniões quanto de comportamentos. Quando você não concorda com o meu ponto de vista, fortalece a liberdade entre nós para apresentar opiniões sem medo. Às vezes recebo comentários "pro forma", daqueles do tipo "tudo é maravilhoso", mas gosto mesmo é de tocar as mentes lúcidas como a sua.
Quanto aos praticantes de esportes radicais e rachas, sinceramente, acho que existe um fundo suicida nisso tudo, mesmo com o argumento de viver a vida. Mas, como eu digo no próprio texto, quem leva isso a sério toma suas medidas de segurança. Já os profissionais que atuam e situações de risco, como os bombeiros, os limpadores de vidraça, etc, são pessoas de coragem, enfrentam a morte para fazer um serviço necessário que outros não fariam. Não era disso que eu estava falando, mas sim da irresponsabilidade.
Só para concluir, meu amigo, onde eu moro há mesmo uma passarela sobre a mal fadada BR 101, onde os carros passam a no mínimo 120 por hora, e muitas pessoas atravessam embaixo dela. Nem direito ao seguro do DPVAT teriam. Não tem pressa que justifique isso, na minha humilde opinião.

Mais uma vez, muito obrigado por sua opinião. O debate com uma mente inteligente é um prazer raro hoje em dia."
Publicado por William Mendonça
em 14/09/2006 às 23h21