VOZ E VIOLÃO
Em Tanguá, é praticamente algo inédito. Pelo menos na última década, não me lembro de um espaço na cidade que apresentasse shows de MPB e pop em voz e violão.Pois é exatamente isto que está fazendo a nova pizzaria Bonna Massa, no Centro de Tanguá, desde a sua inauguração, em março. Por enquanto, os shows estão acontecendo uma vez por mês, mas a julgar pela boa presença de público, é possível que isso se torne mais freqüente. Sucesso aos empresários e artistas, é o que esta coluna deseja.
CULINÁRIA NA TV
Quem conta apenas com a TV aberta, acaba tendo que se virar com Ana Maria Braga mesmo, com suas receitas em meio a piadas com o Louro José. Mas na TV porassinatura há uma variedade de chefs e cardápios de fazer inveja e abrir o apetite. Como costumo dizer, programas de culinária na TV quase nunca levam alguém até a cozinha para fazer aquela receita, mas dão a estranha sensação de que fizemos parte da mesa com alguém interessante. Para quem gosta do exótico, o cara certo é Anthony Bourdain, com seus programas no Discovery Travel & Living. A comida “sem frescura” fica por conta de Jamie Oliver, a comida rápida e cheia de calorias com Nigela Lawson, os dois no GNT. Menção honrosa para Claude Troisgros e Renato Machado, com seu “Menu Confiança”, também no GNT – comida de bom gosto e o melhor dos vinhos do mundo. Pena que TV não tem sabor nem cheiro.
INDIANA JONES
Dia 22 chega por aqui o 4º episódio do personagem que elevou a arqueologia à condição pop, Indiana Jones. O filme reúne mais uma vez o diretor e produtor Steven Speilberg, o produtor e diretor George Lucas, e o astro Harrison Ford, que merece o prêmio de perseverança por ter insistido durante anos para que Indiana tivesse uma nova seqüência. A estréia no Festival de Cannes, recentemente, foi cercada por grande estardalhaço. “Indiana Jones e o reino da caveira de cristal” tem um enredo mirabolante, que leva o astro ao Peru, na época da Guerra Fria, e não tem vergonha de repetir a fórmula: seqüências de ação de tirar o fôlego, humor às vezes non-sense, e ótimos efeitos especiais. Vergonha pra quê: era isso mesmo que todo mundo estava querendo.
LIVRO DAS VIDAS
Alguma coisa já se falou sobre “O Livro das Vidas” na imprensa brasileira, mas vale ressaltar que este é um dos mais interessantes livros recém-lançados. Reunindo alguns dos melhores obituários – sim, as famosas notícias sobre falecimentos – do New York Times, o livro é um grande achado. Primeiro, por contar o histórico desse gênero jornalístico, que aqui no Brasil ainda não tem grande destaque, mas que nos EUA e Europa tem leitores fiéis e alguns dos melhores jornalistas. Segundo, porque foge do óbvio – nada de obituário de Mahatma Gandhi, Elvis Presley ou Martin Luther King. Esses a gente acha na Wikipédia. Lá estão os quase famosos ou quase anônimos, gente que entrou na história pela porta lateral. Lá estão os “amigos dos famosos”, os “desastrados históricos” e até quem fracassou fazendo sucesso, como o criador do Super-Homem que vendeu seus direitos por, pasmem, 130 dólares. O que pode parecer mórbido, foge muito disso. Ao invés de chorar a morte das pessoas, os obituários do NYT celebrar a vida, destacando aquele ponto em que essas pessoas aparentemente comuns se tornaram especiais.
1968 NÃO TERMINA
Você pensa que só os 200 anos da chegada da Família Real estão mexendo com a cena cultural brasileira neste ano? Pois outra data parece ser queridinha da imprensa, das editoras e TVs – 1968, que Zuenir Ventura, em seu livro, chama de “o ano que não terminou”, e que sempre retorna à mídia. Ano em que a chamada contra-cultura atingiu seu auge, com festivais de música, aqui e lá fora, com o auge da tropicália de Caetano e Gil, ano dos movimentos populares ao redor do mundo, em especial a revolta estudantil em Paris, a morte de figuras lapidares, como Martin Luther King, os protestos contra a ditadura militar no Brasil e o surgimento do AI 5 – tudo isso e muito mais, parece transformar aquele ano em algo lendário. Como tudo que é demais, ouvir tanto sobre 68 enjoa, mesmo para este colunista que nasceu naqueles dias. Mas é um ano que valeu como rito de passagem, para uma juventude que ainda acreditava ser possível mudar o mundo – na alienação lisérgica dos hippies ou na politização guerrilheira dos líderes estudantis.
BANCO DE TALENTOS
Chegou a hora da auto-propaganda. Pois é, leitor, o colunista aproveita o espaço para dizer que já está circulando por aí o livro que reúne os vencedores do concurso “Banco de Talentos 2007”, promovido pela Federação Brasileira dos Bancos. A iniciativa visa revelar talentos artísticos entre os bancários de todo o país, em diversas categorias. Para alegria deste que vos fala, um poema de William Mendonça está lá. Isso representa a estréia do poeta William Mendonça em livro, apesar de já ter publicado textos em jornais, revistas e na Internet, em vários blogs e atualmente no site www.williammendonca.com. Pra quem não sabe, este colunista, nas horas vagas, é um bancário da agência do Banco do Brasil, em Tanguá – ou seria o contrário?
DIVERSÃO E ARTE EM TANGUÁ
No próximo dia 1º acontece mais uma edição do projeto "Diversão e Arte", da Prefeitura de Tanguá. O evento será realizado em frente à Estação da Cultura, que aliás foi uma grande aquisição para o município, por seu valor histórico e por ter se transformado em um espaço inteiramente dedicado à cultura. Vão acontecer apresentações de teatro, capoeira, dança, hip hop, além de um show ao vivo e de atividade de recreação.
STAR TREK: A VOLTA
Os fãs de Star Trek – a popular Jornada nas Estrelas – ficaram fulos com o fim da exibição das séries no Universal Channel. Enquanto as séries policiais, tipo Law & Order, e até médicas, com o impagável House, repetem episódios de temporadas longínquas, as séries espaciais, com perdão do mau trocadilho, perderam espaço. Menos mal que o Sci-Fi Channel continua exibindo a chamada “Nova Geração”, a segunda série da franquia, com as viagens da Enterprise sob o comando do capitão Jean-Luc Picard. Não é coisa nova, mas é legal. Melhor ainda é que, no fim deste ano, estréia o 11º filme para cinema, com uma volta às origens: a tripulação clássica, com o capitão Kirk, Spock e companhia, em um período anterior às aventura vividas na TV. A direção é de J. J. Abrahams (criador de Lost), e o elenco traz Chris Pine (de “Sorte no Amor”), como o Kirk, Zachary Quinto (o Sylar, da série “Heroes”) como Spock, e nomes como Winona Ryder. Até o velho Spock, o ator Leonard Nimoy, vai participar da trama. Vale a pena aguardar.
(Coluna publicada na edição de maio do jornal O ALERTA)